terça-feira, 5 de outubro de 2010

De Angra dos Reis ao Rio de Janeiro











Chegamos do Pará e fomos direto para a marina de Bracuhy, na Tlaloc encontrar o Bossa Nova. Marina foi correndo e conversou com ele : Bossa nova eu já voltei, não precisa chorar mais, tô aqui e vou cuidar de você”. E assim fizemos: limpamos, arrumamos e perfumamos!!! O bimini e a batcapa estavam ótimos. A vela que encomendamos ficou linda : área reduzida, para velejarmos á noite com mais segurança de cor laranja fosforecente. Foi aí que conhecemos o Christian, do veleiro Bacanas que deu a volta ao mundo com sua esposa e trabalha na Tlaloc, fazendo velas….Deu muitas dicas , nos ajudou com a previsão do tempo, enfim….conhecemos pessoas muito legais neste período . Ana nos deu varios presentinhos muito úteis , arrumaram várias outras coisas do barco. O pessoal é muito bacana e profissinal, dá gosto de ver o serviço deles com carinho e competência e facilitam na hora de pagar.

No dia 29 de setembro, soltamos as amarras do cais da Tlaloc e fomos para o Pirata’s mall fazer compras : mantimentos, uma vara de pescar, vai que damos sorte…. Bem, a primeira coisa foi ter que explicar para Marina que onde estávamos não era o lugar dos “piratas maus “…..Achamos uma boa vaga para o barco, parecia estar estacionado no shoping , só que bem mais fácil. Fizemos as compras e seguimos para nossa querida enseada de Ubatubinha……Um garoto veio num botinho e nos deu a poita, muito gentil o pessoal do Lelé. Fizemos um linguini com tomate fresco, mussarela de búfalo e manjericão , Marina dormiu cedo e nós ficamos no cockpit admirando a noite, conversando.

Logo cedo ( bem cedo !!) Marina veio dar beijos de bom dia…..Tomamos café ao som dos gansos, que vieram reinvidicar seu pãozinho matinal. Quando saímos no cockpit havia uma casal num botinho admirando o Bossa Nova, eram argentinos estavam de ferias em família. Bem, arrumamos as coisas e fomos para enseada das Palmas. No caminho o Mauricio nos chamou para ver algo estranho no horizonte e de repente vimos um pinguim, perdido nas nossas águas E nós que achamos que estávamos navegando longe. Marina adorou, mas perguntou se ele estava perdido de sua casa, o aquario, pois ela só tinha visto pinguim no aquário de Ubatuba. Logo em seguida fomos saudados por um grande cardume de golfinhos que fizeram sua dança ao nosso lado….Lindo!!!Marina pulava de alegria, e falava “golfinhos, amo muito vocês, eu amo….”Valeu o dia!!!!!

Fazia tempo que não íamos para Palmas, a enseada estava diferente. Mais habitada, havia um bar flutuante, turistas. Um veleiro argentino e nós. O dia estava bem bonito, passeamos pela praia, andamos no botinho e dormimos cedo . Revimos a previsão do tempo mais uma vez, que o Cristiam e a Fernanda tinham imprimido e optamos em sair 4:00h, pois navegaríamos menos tempo durante a noite e chegaríamos no Rio num horário razoável. Quem consiguia dormir imaginando como seria esta navegação que tínhamos programado. Será que tinha sido a melhor opção?
As 4:00h o dispertador tocou e rapidamente ligamos o motor. Demos uma olhada em volta, havia alguma nebulosidade mas era possíel enchergar a silueta da Ilha das Palmas e seguimos deixando por bombordo a Ilha e assuminos nosso rumo programado. Quando olhavamos a tela do radar ao nosso redor tinham tantos alvos e pontos de luz a nossa frente que ficamos na dúvida se estavamos ainda no continente ou nos dirigiamos para a restinga. Comparamos as informações que tinhamos disponíveis ( radar, ploter, GPS e visual ) e concluímos que eram muitos navios. Convocamos o James para manter o rumo e ficamos de olhos abertos

O mar estava calmo até o final da restinga da Marambaia, que parece não acabar nunca!!!!Depois o vento foi aumentando cerca de 1 nó por hora, sempre de cara e a corrente contra, perdemos velocidade. Fazíamos inicialmente os habituais 6 nós e foi caindo até 4,2 nós. O sol foi abrindo, começamos a ver o recreio do Bandeirantes , Marina acordou, e com o balancinho do mar, comeu e dormiu de novo. Continuamos nossa navegação , não velejamos, pois com vento e corrente contra o jeito era mesmo motorar.
O mundo passava rápido na nossa cabeça e se transformavam em ifinitos textos a serem escritos. É incrível como o mar tem esta capacidade de te levar a sonhar ainda mais. A sensação de paz era muito grande e os problemas pareciam mais distantes que a costa.
Muitos pássaros marinhos nos acompamhavam, principalmente os atobás, fazendo suas manobras para garantir um peixinho.
Começamos a identificar a costa do Rio e as praias. Esta cidade tem muitas histórias e muitas delas relacionadas à bossa nova e seus personagens. Passamos pela pedra do arpoador e lembramos das descrições do Tom Jobim, que olhava o mar e compunha inesquesíveis canções.
O Pão de Açucar era um ponto para lá de notável e nos ajudava a localizar a entrada da baia da Guanabara. Deixamos as Ilhas Cagarras por boreste e entramos. Muitas vagas de leste e o vento apertando. Esta sem dúvida era uma baia diferene das que estavamos acostumados.
Chegamos a Urca, na frente do antigo casino com o Cristo de braços abertos à boreste no Corcovado a bombordo o famoso bondinho. O barulho de carros, ônibus e aviões nos faziam constatar que estavamos em uma cidade grande, mas com uma belez encantadora, que nos abrigava em sua tranquila enseada, para comtemplarmos seus encantos..
Fundeamos e sentamos no cockpit, os três abraçados e comemoramos, na calada , mais esta parte da viajem em segurança.

6 comentários:

  1. continuem! não parem de descrever, estou sentindo até o gostinho de sal e o ventinho no rosto!
    Um abração em vocês!!!

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  2. Eeee vida boaaaa. Parabéns, vcs são um exemplo de como viver uma vida feliz. Abraços
    Ricardo Mastroti

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  3. Não há como não se emocionar vendo a alegria estampada na face de vcs! Quero registrar aqui a minha felicidade em ver o sonho de vcs realizado e a paz que emana de seus olhares...
    Que Deus abençõe suas vidas com saúde, alegria, paz e prosperidade!
    A Marina é linda! Parabéns! Acessem meu Orkut e vejam a Allana, minha filha, que é o presente que Deus me deu!
    Nunca nem nada que eu fizer ou escrever será suficiente para expressar o amor, o respeito e admiração que eu lhes tenho!
    Obrigada pela minha vida!!!! Saudades...
    Dany, Rogério e Allana Rizzo

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  4. Muito bonito esse veleiro e a história de vocês! Parabéns.

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  5. Muito bonito esse veleiro e a história de vocês! Parabéns.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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